22 de fevereiro de 2009

Um Pouco de Cultura

Dia Internacional da Mulher

PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO
Neste dia, no ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas para 10 horas diárias. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.


O QUE SE PRETENDE COM A CELEBRAÇÃO DESTE DIA
Pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações.


A MULHER PORTUGUESA E O DIREITO DE VOTO
Carolina Beatriz Ângelo (1877 - 1911) foi uma feminista portuguesa. Nasceu na Guarda, onde frequentou o Liceu. Mais tarde ingressou nas Escolas Politécnica e Médico-Cirúrgica em Lisboa, onde concluiu o curso de Medicina em 1902.
Médica, lutadora sufragista e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, foi a primeira mulher a votar em Portugal - e muito possivelmente a primeira mulher europeia a votar - por ocasião das eleições da Assembleia Constituinte, em 1911.
O facto de ser
viúva permitiu-lhe invocar em tribunal ser "chefe de família". Para evitar que tal exemplo pudesse ser repetido, a lei foi alterada no ano seguinte, com a especificação de que apenas os chefes de família do sexo masculino poderiam votar.
Só com o decreto-lei 19.694 de
5 de Maio de 1931 é que pela primeira vez, na história política do país, as mulheres foram consideradas como eleitoras. Este decreto, contudo, era bastante limitativo, pois permitia que as mulheres votassem para as juntas de freguesia, mas só aquelas que eram chefes de família, ou seja, as viúvas, divorciadas, separadas de pessoas e bens, com família própria e aquelas que estivessem casadas mas que os maridos estivessem no estrangeiro ou nas colónias. Não obstante só o podiam fazer as mulheres que tivessem completado o ensino secundário ou fossem titulares de um curso superior com certificado.
Só foi permitido a todas as mulheres o direito de voto após o
25 de Abril.É a pensar em todas as mulheres que a nossa Associação vai realizar a seguinte iniciativa, juntem-se a nós!!!

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